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Lavrador


Dessa terra já não tirava o sustento suficiente.
Dessa terra, nem plantas, nem flores, nem frutos.
Sentia-me sem saídas,
uma cilada do mundo
havia me amarrado de ponta cabeça.
Perguntava pra Deus se tinha que ser assim.
Pedia pra Deus que, se pudesse,
afastasse essa tormenta de mim.
Mas Deus é bom.
Levou-me a novos campos,
onde as plantas crescem,
flores se abrem e  dão frutos saudáveis.
Eu trabalho, todo dia,
lavrando, cultivando e cuidando
da terra que me sustenta.
Fui pra longe pra ver o sol nascer de novo
E no por do sol eu vi um sonho novo.
Eu vim sem muita bagagem,
sozinho e tristonho
por ter deixado lá meus filhos amados
e o amor do meu coração.
O fruto do meu trabalho
é para os meus filhos que mando,
é deles tudo que ganho. 
Nessa terra
o pão de cada dia também os alimenta.
Nessa nova terra,
fértil e trabalhosa,
cultivo meus sonhos
e meus planos eu ponho em ação.
No tempo certo,
poderei deixar essa terra
e seguir com tudo que conquistei.
Levarei o amor do meu coração
e meus filhos comigo estarão.
Terão seu novo abrigo, carinho e pão,
sempre cuidados e bem assistidos.
Pois é esse meu desejo.
É pra isso que tanto trabalho.
Derramo meu sangue,
suor e lágrimas por eles sem pestanejar.
Por eles eu não desisto de lutar.
E cada dia que aqui passa
é um dia a menos pra voltar.

Autor: Edinei Lisboa / Argonauta021
#poesiaprosaecançao
Imagens: Google